A cidade de Viena, está situada no centro da Europa e é a capital da Áustria. A mesma distingue-se pela sua história, música clássica, arquitectura barroca e gastronomia.
Esta é considerada uma poderosa cidade imperial com mais de 2000 de história, cheia de charme, beleza e classe. Antigamente, Viena era a capital do Império Austro-Húngaro, podendo assim contar com muitas atrações, obras de arte, monumentos históricos e museus incríveis pela cidade.
Neste itinerário de 3 dias poderá descobrir tudo sobre esta cidade única que o deixará fascinado.
Está a planear visitar Viena? Aproveite e tire um dia para atravessar a fronteira até à Eslováquia, saiba tudo através do nosso guia gratuito: O que visitar na cidade de Bratislava em 24 horas – Viagem a partir de Viena.
Como chegar a Viena?
Viena, ao estar centralmente localizada, é uma cidade bastante acessível a partir de qualquer um dos principais países da Europa. No nosso caso, ao viajarmos a partir de Portugal, apanhámos um voo até ao Aeroporto Internacional de Viena (VIE), conhecido também como aeroporto de Schwenat.
Existem várias formas de se deslocar desde o aeroporto até ao centro da cidade, ficando o mesmo a cerca de 18km de distância da capital. A rede de transportes é bastante acessível e mesmo sem falarmos alemão, não tivemos qualquer problema em utilizar o inglês para comunicar.
No nosso caso, optámos por apanhar o autocarro até à estação central de Viena, pois o alojamento onde íamos ficar, localizava-se a apenas 180 metros de distância da mesma, ou seja, a cerca de 2 minutos a andar. Os autocarros encontram-se disponíveis com uma frequência de meia em meia hora e demorámos cerca de 20 minutos a chegar até ao nosso destino, ficando a viagem a 8€ a cada um. No entanto, para quem preferir, há outras opções disponíveis como o metro, comboio ou táxis.
Pode também adquirir o Vienna City Card, que é um pass que lhe oferece acesso gratuito e ilimitado ao metro, comboio e autocarro, permitindo-lhe deslocar-se pela cidade de forma fácil e rápida.
Onde ficar em Viena?
Decidimos ficar no JOYN Vienna – Serviced Apartments, localizado a 180 metros da Estação Central de Viena e a menos de 1km do Palácio Belvedere. O apartamento era muito confortável, limpo e possuía uma kitchenette, que para nós era um benefício. Na altura, considerámos que esta era a melhor opção em termos de relação-preço. Para além disso, ao redor do nosso alojamento, tínhamos também imensos restaurantes e alguns supermercados como o SPAR.
No entanto, Viena é uma cidade que tem muito para oferecer, apresentando uma vasta oferta no que diz respeito ao alojamento.
FAMÍLIAS NUMEROSAS | O Vienna-apartment-one Schmidgasse beneficia de uma localização central, apenas a 400 metros da Estação de Metro Rathaus. Este apartamento acomoda sete hóspedes e situa-se a 20 minutos a pé da Catedral de Santo Estêvão. |
PET-FRIENDLY | O Govienna Luxury Oldtown Apartment, localiza-se a 200 metros da Estação de Metro Schottenring e a 1 km da Praça Stephansplatz. Neste hotel, onde os animais de estimação são admitidos, pode encontrar ao seu redor, vários restaurantes e cafés o que lhe irá facilitar a sua viagem. |
MAIS CARA | O luxuoso e renomeado Hotel Imperial, de 5 estrelas, está situado no coração de Viena, e remonta aos tempos do Império Austro-Húngaro, tendo sido inaugurado em 1873 pelo Imperador Francisco José como o Palais Württemberg. A decoração com antiguidades preciosas, como paredes de seda e detalhes históricos, cruza-se com as comodidades modernas que o hotel possuí. A Estação de Metro Karlsplatz, a Ópera Estatal e a Kärntner Straße (rua comercial) podem ser alcançadas numa caminhada de 5 minutos. |
O que fazer em Viena?
No dia em que chegámos, após deixarmos os nosso pertences no apartamento onde ficámos, fomos logo explorar a cidade. O monumento histórico que ficava mais perto do sítio onde estávamos era o Palácio Belvedere.
Palácio Beldevere
O Palácio de Belvedere era a antiga casa de férias de verão do Príncipe Eugénio de Sabóia, sendo composto por dois palácios: o Belvedere Superior e o Belvedere Inferior. O Belvedere Inferior, foi construído em 1716, pelo arquitecto Johann Lukas Von Hildebrandt e o Belvedere Superior, em 1723, projectado também pelo mesmo arquitecto.
Neste momento, o palácio funciona como um museu que zela por uma das coleções de arte mais importantes e valiosas do país, por isso, se for admirador de arte, este será o lugar indicado para encontrar coleções imperdíveis desde a idade média até aos dias de hoje. Entre a coleção é possível encontrar trabalhos do austríaco Gustav Klimt, cujo as suas obras mais famosas são “O Beijo” e “Judith”.
Os bilhetes para o Palácio Belvedere de Viena, têm um custo de 14€ e podem ser adquiridos pelo site da Get Your Guide. Se preferir, pode ainda adquirir o Vienna Pass, que é um cartão turístico que o qual é possível explorar praticamente tudo o que Viena tem para oferecer, a um preço mais em conta, visto que dá acesso gratuito a várias das atrações e monumentos da cidade.
Caso não pretenda adquirir este pass, mas já tenha o pass Vienna City Card, do qual falámos anteriormente, pode também ao comprar o bilhete para o palácio e usufruir de algum desconto com o mesmo.
Horário: Todos os dias, das 10:00 às 18:00 horas. Quartas até às 22:00 horas (Baixo Belvedere e Orangery). Estábulos do palácio das 10:00 às 12:00 horas, diariamente.
Ao percorrer as salas do palácio, é possível entender que este não se trata de um palácio onde podemos ter acesso a salas recheadas de móveis e decoração que nos remontam aos tempos imperiais, mas sim com salas cheias de obras de arte. Assim sendo, para quem pretende realmente visitar um palácio que contenha ainda a maioria da decoração original das suas salas, a nossa dica é visitarem o Palácio de Hofburg e o Palácio Schönbrunn.
No entanto, para quem não pretender visitar o interior do palácio, pode sempre conhecer apenas os seus lindíssimos jardins, cujo acesso é gratuito.
Hotel Sacher
Este é um dos hotéis mais famosos e bem localizados de Viena e o seu nome tem origem na família Sacher, que o fundou no ano de 1876. Este Hotel, antigamente, era um ponto de encontro para os políticos, artistas e aristocratas e no interior do mesmo podemos verificar que toda a decoração dessa época foi mantida até aos dias de hoje.
No entanto, a nossa visita ao hotel, deveu-se ao facto de querermos muito experimentar a famosa torta Sacher. Uma sobremesa austríaca coberta de chocolate puro e recheada com geleia de damasco.
Esta torta foi confinada pelo chef aprendiz Franz Sacher, em 1832, que utilizou para servir como sobremesa, num banquete oferecido pelo Príncipe Clemens Metternich. Também a Imperatriz Elisabeth de Áustria o apreciava imenso. O Café Sacher oferece ainda o cenário perfeito para vivenciar a atmosfera típica de um café vienense.
Ópera Estatal de Viena (Wiener Staatsoper)
A cidade de Viena é conhecida pela música e, foi da Ópera Estatal de Viena, que muitos compositores famosos fizeram um lar para as suas obras, como Mozart e Beethoven. Assim sendo, é natural que a Ópera Estatal, seja um importante símbolo da música austríaca, sendo considerada uma das principais casas de ópera do mundo, onde muitas espetáculos e apresentações ocorrem.
Repleto de tradição e história, a Ópera de Viena é um dos edifícios mais grandiosos da cidade. A Ópera House, abriu as suas portas, no ano de 1869, com a apresentação de Don Juan de Mozart, entre a plateia encontrava-se o imperador Franz Josef e a imperatriz Elisabeth.
O próprio edifício apresenta uma arquitectura magnífica, sendo considerado também ele, uma obra de arte. O interior apenas se pode visitar caso compre um bilhete para um dos seus espetáculos ou reserve uma visita guiada. As excursões para a Ópera Estatal de Viena, estão disponíveis online no site oficial e custam cerca de 13€ por adulto.
Palácio Imperial de Hofburg
O Palácio Imperial de Hofburg, era o palácio imperial dos governantes da dinastia dos Habsburgos, um dos impérios mais poderosos e influentes da Europa. Hoje em dia, Hofburg é a residência e local de trabalho do Presidente da Áustria, sendo considerado um dos maiores complexos palacianos do mundo.
Ao visitarmos o Palácio Imperial de Hofburg, tivemos acesso a três museus distintos: A Coleção de Prata Imperial, o Museu Sisi e os Apartamentos Imperiais. O bilhete teve um custo de 16€ por pessoa e tivemos acesso a todos os museus, com audio guide incluído.
Começamos por visitar a Coleção de Prata Imperial, onde tivemos acesso a peças exclusivas e emblemáticas que pertenciam à família imperial, distribuídas por um total de 21 salas. Ao longo da visita fomos conhecendo a extravagância das tradições gastronómicas imperais, deparando-nos com preciosos serviços de mesa, requintadas porcelanas e centros de mesa com trintas metros de comprimento.
Após cerca de 40 minutos de visita, seguimos para o Museu Sisi, que retrata a vida da Imperatriz Elisabeth, desde o seu nascimento em Baviera, no ano de 1837, até à sua morte trágica em 1898.
A Imperatriz Elisabeth, nasceu em Munique e era filha do duque Maximiliano de Baviera. Ao crescer no meio de sete irmãos, Sisi sempre teve uma personalidade forte e era muito independente e inteligente, o que, mais tarde, lhe causou dificuldades na sua adaptação aos rígidos protocolos da corte.
No decorrer da visita, fomos tendo acesso a preciosos recortes periódicos da época, como as roupas que a imperatriz utilizava, o seu gosto pela leitura e a escrita e conhecendo melhor o seu ser: uma imperatriz com uma grande empatia pelo povo húngaro, defensora dos seus interesses e que mantém estreito contacto com os representantes húngaros mais importantes, querendo ela também fazer parte os acontecimentos históricos do império.
A história da imperatriz é intrigante, na verdade a sua irmã, Helena, foi a escolhida, pela imperatriz Sofia, para se casar com o futuro Imperador da Áustria, Franz Joseph. No entanto, Sisi, ao acompanhar a sua irmã numa visita matrimonial, chamou à atenção do jovem imperador, que se apaixonou por ela e se recusou a obedecer à mãe. Assim sendo, com apenas 16 anos, a jovem duquesa viu-se casada em apenas oito meses e a liderar o império europeu mais poderoso da época.
A beleza da imperatriz de Áustria era tamanha que todos falavam dela, em sua homenagem foram feitos quadros, poemas, livros, espetáculos de ballet e de ópera e filmes.
Continuando a visita, passámos para os apartamentos imperiais, onde tivemos acesso a diversos cômodos da residência, em estilo rococó, com impressionantes lustres de cristal, decorados ao gosto da imperatriz. Entre as salas abertas para visitar, estão incluídos os quartos do imperador Franz Joseph e da Imperatriz Elizabeth, além das salas de jantar e conferências.
Escola Espanhola de Equitação
No complexo de Hofburg, pode encontrar também a Escola Espanhola de Equitação, criada em 1572, é uma das instituições mais destacadas de Viena. Concebida com a intenção de oferecer aos jovens aristocratas a oportunidade de receberem aulas de equitação, em qualquer altura do ano, é famosa em todo o mundo.
Aqui pode, assistir aos treinos dos cavaleiros na arena e contemplar a técnicas aplicadas nos cavalos, que a escola mantêm já há mais de 400 anos.
Praça Maria Teresa
A caminho do Palácio de Hofburg, fica localizada a Praça Maria Teresa, onde se encontram dois famosos museus.
O Museu de História da Arte (Kunsthistorisches Museum), é um dos maiores museus do mundo e abriga a inigualável coleção de arte dos Habsburgos, apresentando clássicos como “Os Caçadores de Neve”, “A Torre de Babel” e o “Casamento de Camponeses” do artista Pieter Brueghel. O custo da entrada é 18€ por pessoa.
O Museu de História Natural (Naturhistorisches Museum), dispõe de exposições de mineralogia, arqueologia, antropologia, zoologia e geologia. No interior do mesmo, podemos encontrar modelos de esqueletos de dinossauros, a evolução da história do homem e uma das mais antigas figuras femininas do mundo: Vênus de Willendorf, que tem cerca de 24 mil anos e simboliza a fertilidade. O custo de entrada é 14€ por pessoa.
No centro da praça, podemos encontrar o monumento em homenagem à imperatriz Maria Teresa, que se encontra com o seu braço direito aberto para saudar o povo e com a mão esquerda a segurar a Sanção Pragmática de 1713. Ao seu redor, as estátuas que aparecem são dos seus conselheiros mais próximos.
O reinado de Maria Teresa foi uma época de tranquilidade, riqueza e boa direção, tendo sido a mesma a presidir a transformação de Viena na capital europeia da música.
Mercado Naschmarkt
O Nashmarkt, é um dos mercados mais conhecidos da cidade de Viena. Com mais de 120 expositores, os comerciantes vendem de tudo um pouco: flores, carne, pão, marisco, chocolates, entre outros.
Nesta zona, existem ainda dezenas de restaurantes a preços acessíveis, que oferecem tradicionais petiscos austríacos. No nosso caso, optámos por escolher almoçar neste local, pois queríamos experienciar a gastronomia do país. Acabámos por comer os famosos “Wiener Schnitzel” e pedir bebidas típicas da região para acompanhar.
O mercado encontra-se aberto ao público de segunda a sábado das 06:00h às 21:00h e aos domingos está fechado.
Catedral de São Estevão
A Catedral de São Estevão é outro símbolo da cidade de Viena. Concluída em 1160, fica no centro da cidade velha e é uma das principais atrações de Viena com o seu design gótico romântico.
A Catedral conta com 4 torres, sendo a torre Sul a mais alta, com cerca de 136 metros, sendo possível subir os 343 degraus da mesma e apreciar a vista da cidade. É possível também visitar a torre Norte, que conta com 50 metros de altura e tem elevador disponível. As catacumbas da catedral, também são possíveis de visitar, aqui, guardam os túmulos dos bispos e da realeza. Pode adquirir os seus bilhetes aqui.
Visitar a Catedral por dentro é gratuito e os detalhes da sua arquitectura são incríveis.
Graben Street
Ao lado da Catedral de São Estevão, fica a Graben Street, um das ruas comerciais mais famosas e importantes da cidade de Viena, onde se podem encontrar as marcas de luxo mais exclusivas. Esta é uma das ruas mais movimentadas e encontra-se cercada por belos edifícios históricos.
Prater
Uma das melhores formas de terminar o dia em Viena, é no parque de diversões mais antigo do mundo: o Prater, inaugurado em 1895. Algumas das diversões são as originais dessa época, mantendo-se em ótimas condições e dar um ar de charme ao lugar.
Desde a sua inauguração, a Roda-Gigante de Viena é um dos emblemas da cidade. Refere-se a uma obra monumental, com 60 metros de altura, que foi realizada para celebrar o 50º aniversário da coroação de Francisco José I.
Ao longo de sua história, a roda-gigante sobreviveu a grandes catástrofes naturais, no entanto, foi durante os últimos dias da II Guerra Mundial, em 1945, que os bombardeios e o fogo destruíram grande parte da roda-gigante. Apesar de ter sido reconstruída em tempo recorde, só conseguiram colocar 15 das 30 cabines que existiam no início.
Palácio Schönbrunn
O Palácio Schönbrunn, foi para nós, o grande destaque da viagem. Fomos visitá-lo no último dia em que estivemos na cidade, pois quisemos aproveitar o tempo, sem pressa, para contemplar tudo o que havia para visitar.
Schönbrunn é mais um dos principais monumentos históricos e culturais de Viena. O nome do palácio deve-se a uma frase dita pelo Imperador Matias, durante um dia de caça, quando avistou um poço e referiu algo como “Que Bela Fonte”, que em Alemão se pronuncia: “Welch’ Schöner Brunn”.
O belíssimo palácio, foi construído durante o século XVII, tendo sido, durante muitos anos, a residência de verão da família imperial vienense. Possui cerca de 1441 quartos, com arquitectura do estilo barroco e rococó, sendo possível visitar 40 deles.
Ao visitar os aposentos, é possível entender as preferências e tradições das várias gerações dos Habsburgs.
Os jardins do palácio são soberbos, com quilómetros de arbustos e árvores bem cuidadas e esculturas decorativas. Dentro do mesmo existe um jardim zoológico, considerado um dos mais antigos do mundo, onde foi reproduzido em cativeiro o primeiro panda da Europa. E um café, designado por Gloriette, que antigamente era utilizado como pavilhão de caça e que serve como miradouro para os jardins do palácio. Existe também pequenos esquilos a passear entre as árvores, que deliciam qualquer um.
Hundertwasser House
Hundertwasser House, é um conjunto residencial, construído pelo artista austríaco Friedensreich Hundertwasser, entre 1983 e 1986. A sensação ao ver o que nos rodeia é de magia, pelas suas cores distintas, jardins suspensos e sua assimetria .
Café Central
Ao entrar no Café Central, é como se cruzássemos a porta para outra época. O estabelecimento, inaugurado em 1876, era frequentado por inúmeras personalidades, como Arthur Schnitzler, Sigmund Freud, Peter Altenberg e Leo Trotzki.
A decoração do café leva-nos a viajar no tempo e o cardápio está repleto de delícias: pratos da culinária local, tortas e sobremesas maravilhosas, além da seleção de cafés e chás. O café passou a ter tanta fama, que a procura tornou-se muita, sendo difícil conseguir mesa em determinados dias.
No dia em que fomos ao café, estivemos cerca de 40 minutos a aguardar mesa, mas a comida era tão saborosa que valeu totalmente a pena!
Mercados de Natal de Viena
Durante a altura dos Mercados de Natal de Viena, a cidade transforma-se com o ambiente natalício, com cabanas de madeira adornadas com luzes cintilantes, espalhadas por todos os monumentos históricos da cidade e enormes árvores de Natal enfeitadas em todo o lado.
Nas barraquinhas, vendiam-se guloseimas e artesanato. E cada mercado, vendia canecas de vinho quente, que ajudavam a enfrentar o frio da rua. Uma curiosidade que achámos genial é que cada mercado vende a sua própria caneca, ou seja, eram todas diferentes e cada uma tinha a imagem do monumento histórico onde nos encontrávamos, fazendo com que sejam colecionáveis.